BIOGRAFIAS

 Alejandro Mata

 Nascido no México, Alejandro Mata depois de estudar em várias instituições musicais mexicanas no começo da sua formação, emigrou para a Europa e viveu em França. Estudou com vários compositores como Daniel D'Adamo, Edith Lejet, e no campo da música eletrónica com Tom Mays e Christian Eloy.

 As suas obras têm sido tocadas por vários ensembles como o Quatuor Béla, Quatuor Tana, Klangforum Wien, United Instruments of Lucilin, Ictus Ensemble, Moscow Contemporary Music Ensemble, Ensemble Quasars, dèdalo Ensemble, NOMAD Ensemble, Appassionato Ensemble, CEPROMUSIC, Interwoven Ensemble, Imago Sonora, Sond'Ar-te Electric Ensemble, DR Vokalensemblet (Coro da Rádio Nacional Dinamarquesa), Latvijas Radio Koris (Coro da Rádio Nacional da Letónia), Ensemble Alternance, Ensamble de las Rosas, e por solistas como Jodyline Gallavardin, (piano) Jozef Elias, Oleg Tantsov, Michał Górczyński, e Elena Perales (clarinete), Franjo Bilić (cravo), e Askar Ishangaliyev (violoncelo) entre outros. As suas obras foram também dirigidas por Jean-Bernard Matter e James Woods e têm sido difundidas na rádio italiana (RAI - Radiotelevisione Italiana) e na Rádio CEMAT (rádio italiana dedicada à música contemporânea). Tem peças editadas pela editora americana ALRY e pela Polish Music Publishing House (PWM).

Participou em diversos festivais de música contemporânea em mais de 16 países diferentes como França, Bélgica, Suíça, Espanha, Itália, Portugal, Luxemburgo, China, Rússia, Croácia, Eslováquia, Polónia, Grécia, Ucrânia, México e nos Estados Unidos. A sua música foi premiada em mais de 10 diferentes concursos internacionais de composição em três continentes diferentes (Europa, Ásia, Continente Americano). A estética e pensamento musical de Alejandro Mata deriva do espectralismo francês, que tem sido uma das suas maiores influências musicais, sendo o timbre e a harmonia uma prioridade constante nas suas composições. Desde setembro de 2023 que está a prosseguir os seus estudos musicais no prestigiado Conservatório de Genebra (Haute École de Musique de Genève, HEM) na Suíça, estudando com o aclamado compositor suíço Michael Jarell, música eletrónica com Luis Naón, e com Katharina Rosenberg. 

Em junho de 2024, foi apresentada a sua nova obra para septeto e eletrónica em Genebra, Suíça, como parte do atelier ACTOR/EROC. Durante o verão de 2024 iniciou uma residência de três meses como compositor em Nova Iorque, para a escrita de música contemporânea incluindo instrumentos de música ocidental e tradicional, destacando-se uma nova obra para saenghwang sul-coreano de 16 gaitas e quarteto de cordas, que será estreada por Gamin Kang e o Inerwoven Ensemble.

Ângela da Ponte

 Doutorada pela Universidade de Birmingham (Reino Unido), Ângela da Ponte  (1984/ Açores) é compositora, docente no Conservatório Regional de Vila Real, Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo (IPP) e investigadora no CESEM – Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical.

 Interessa-se por trabalhar o som como uma experiência de escuta profunda através de vários meios e formas, incluindo música instrumental, mixed media e electroacústica. Desde 2016, Ângela tem-se focado na exploração e cruzamento de práticas baseadas na música e instrumentos tradicionais portugueses como uma preocupação contínua no seu trabalho composicional, sendo pioneira na incorporação do instrumento tradicional viola da terra (Açores) na cena musical contemporânea.

 Durante a sua licenciatura na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (PT), estudou com João Madureira, Dimitris Andrikopoulos, Carlos Guedes, Marina Pikoul e frequentou workshops com Magnus Lindberg, Clarence Barlow, Emmanuel Nunes e Klaas de Vries. Posteriormente, no seu doutoramento na Universidade de Birmingham, estudou com Jonty Harrison e Michael Zev Gordon e frequentou workshops com Dai Fujikura e Christopher Austin, bem como com os conceituados ensembles BCMG (UK), BEAST (UK), EXAUDI Ensemble (UK) e HERMES Ensemble (BE). Mais recentemente, frequentou o workshop de composição do CROMA (Lisboa) com Pierluigi Billone.

 Ângela tem recebido encomendas e a sua obra tem sido regularmente interpretada por muitos ensembles, solistas e orquestras de prestígio, incluindo Clara Saleiro (PT), Kathryn Schulmeister (US), Frederic Cardoso (PT), Sérgio Carolino (PT), Nuno Aroso (PT), Júlio Guerreiro (PT), Smirnov Quartet (Basel Music Academy), Remix Ensemble (PT), Sond-Ar'te Electric Ensemble (PT), Drumming GP (PT), BEAST - Birmingham ElectroAcoustic Sound Theatre (UK), BLAST - Bogotá Los Andes Sound Theater (CO), Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música (PT), Orquestra Gulbenkian (PT), Orchestre National d'Île de France (FR), Oregon Symphony (US), Vertixe Sonora (ES) e Ensemble New Babylon (DE).

 Entre as principais distinções contam-se a nomeação para Jovem Compositor em Residência 2011 na Casa da Música (PT), Compositor em Residência no Concurso Internacional de Percussão - Gondomar 2018 e 2022 (PT), ISCM Virtual Collaborative Series 2020, representação de Portugal na 67ª Rostrum Internacional de Compositores (RS), Prémio Ibermúsicas 2022 - categoria Composição e Estreia, e obra selecionada no ISCM World Music Days 2023 na África do Sul.

A música de Da Ponte é editada pelas Scherzo Editions, Arpejo Editora, MIC e Tot Per L'Aire e gravada em CD pela Miso Records.